Pantaleão e as visitadoras
análise sócio-jurídica do livro de Mário Vargas Llosa
Palavras-chave:
Arte e Direito, Moral e ética, América Latina, Tecnicismo AcríticoResumo
O presente artigo tem o intento de analisar, de maneira crítica, as reflexões sócio-jurídicas imbuídas no livro publicado por Mario Vargas Llosa, em 1974, Pantaleão e as Visitadoras, em especial àquelas relacionadas às instituições militares. Em seu romance, Mario Vargas Llosa utiliza-se da comédia, por vezes ácida, para, através de um serviço bastante inóspito dentro do exército peruano, criticar a instituição militar, que dominou a América Latina nos idos da década de 1970, e outros aspectos sociais intrínsecos à cultura latino-americana.2 O livro, apesar de ser carregado de humor, traz em si uma reflexão acerca do refolho da máquina militar que governou a América Latina, em meados do século passado, em diversos países, sob a égide de um moralismo impávido. Reflete, ainda, acerca da facilidade com que um falso guia religioso arrebanha as massas, e do poder da mídia populista, tendenciosa, sensacionalista e manipuladora. Faço coro às vozes que afirmam ser, assim como García Marquez, Vargas Llosa um cânon que escreve da América Latina para a América Latina, e deste modo, verdadeiro.
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