Fronteiras marítimas e área cinzenta no Direito do Mar ante a exploração de recursos marinhos

uma análise sobre as “Águas Jurisdicionais Brasileiras”

Autores

  • SusiCastro Silva Advogada, Presidente da Comissão deDireito Militar da OAB-CE;Doutoranda em Estudos Marítimos na Escola de Guerra Naval (EGN);Mestra e Bacharela em Direitopela Universidade Federal do Ceará(UFC);Pós-graduação em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

Palavras-chave:

Fronteiras marítimas, Águas Jurisdicionais Brasileiras, Área Cinzenta, Recursos marinhos, UNCLOS

Resumo

A disputa pela definição de fronteiras marítimas não cessou com a criação e a regulação de espaços marítimos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS, sigla em inglês). Além das contendas históricas e geopolíticas remanescentes, a diversificação e a tecnologização das atividades marítimas geraram novas controvérsias, tornando evidente o caráter pluridimensional dos oceanos, e, consequentemente, dos interesses sobre eles, especialmente quanto à exploração dos recursos marinhos. Diante de tal problemática, e com o intuito de analisar a demarcação de áreas marítimas pelos Estados após a ratificação da UNCLOS, analisou-se por meio de pesquisa descritiva, com o emprego do método hipotético-dedutivo, e abordagem histórico-jurídica, a área delimitada pelo Brasil como Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), comparando-a com os fundamentos aplicados pelo ITLOS para a solução do caso Bangladesh versus Myanmar (2012), para o qual foi criada uma “área cinzenta”. Verificou-se que as AJB são fruto de uma manifestação soberana e legítima de interesse por parte do governo brasileiro quanto ao exercício de algum grau de jurisdição sobre espaços marítimos, para fins de assegurar a exploração dos recursos da Plataforma Continental estendida.

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Publicado

24/10/2023

Como Citar

Silva, S. (2023). Fronteiras marítimas e área cinzenta no Direito do Mar ante a exploração de recursos marinhos: uma análise sobre as “Águas Jurisdicionais Brasileiras”. Revista Do Ministério Público Militar, 49(36), 501–530. Recuperado de https://revista.mpm.mp.br/rmpm/article/view/45